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domingo, 4 de abril de 2010

ISSO É IMPORTANTE

Originalmente a 4a Frota dos EUA foi criada em 1943 durante a II Guerra com a missão específica de proteger a navegação aliada principalmente de submarinos no Atlântico Sul.
Em 24 de abril de 2008 o Chefe de Operações Navais, almirante Gary Roughead anunciou a reativação da 4ª Frota. Ela ficará subordinada ao Comando do Sul, inicialmente com sede em Mayport na Florida.

Sua área de atuação será de envolve mais de 30 países

Oficialmente seu objetivo é apoiar cinco missões estratégicas da Marinha dos EUA.
-manutenção da paz;
- assistência humanitária;
- assistência em desastres;
- manobras de exercício;
- apoio a operações contra drogas.


Se esses fossem os reais objetivos da 4ª Frota, Tio Sam seria um benemérito e rasgador de dinheiro. Como sabemos que o Tio Sam não é nem um, nem outro, é certo que exista uma missão mais nobre e interesse maior do que simplesmente oferecer ajuda humanitária tão cara quanto ineficaz.


Coincidência ou não, o Brasil tem feito descobertas de petróleo importantes em camadas pré-sal no Atlântico, que podem mudar o intrincado jogo de interesses global e toda geopolítica global.


Coincidência ou não, na década de 70 o governo iniciou um programa de pesquisas geológicas na plataforma continental brasileira que foi interrompido, não sendo retomado depois. Em 1997 foi lançado o Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (Remplac). Mas seu início só se deu em 2005.


Coincidência ou não, há mais de um ano a Petrobras vinha sofrendo furtos de computadores contendo informações estratégicas e sigilosas. O último desses furtos foi num container da Halliburton, empresa americana do ramo de energia e exploração de hidrocarbonetos, que mantém estreitas relações de interesses com o governo dos EUA e suas Forças Armadas.


Talvez esses fatos sejam meras coincidências, sem qualquer ligação com a reativação da 4ª Frota.


Por outro lado é incontestável que na costa brasileira há muito mais interesses em jogo do que petróleo e gás.


O Brasil tem um território de 8,5 milhões de km2, com uma Zona Econômica Exclusiva - ZEE de 3,5 milhão de km2 e uma Extensão da Plataforma Continental – EPC que poderá chegar a 1 milhão de km2.


Já se sabe que as áreas que compreendem a ZEE e a EPC são ricas em minerais e têm grande biodiversidade. Tanto assim que foram batizadas de Amazônia Azul.


Os recursos minerais já conhecidos e parcialmente mapeados são: ferro, níquel, manganês, carvão, estanho, ouro, diamante, calcário, fósforo e cobre, entre outros.


Além disso, o Atlântico é a porta de entrada para a Amazônia Brasileira.


O Governo brasileiro tem sido criminosamente negligente e omisso no tocante a manter as Forças Armadas operacionais e com poder proporcional aos interesses em jogo.


A criação do Ministério da Defesa parece ter sido um golpe fatal para as Forças Armadas que hoje operam equipamentos insuficientes, superados e sucateadas. Desde a criação do Ministério da Defesa, o cargo de ministro se transformou em mais uma cadeira a ser negociada em barganhas políticas. Fanfarrões despreparados têm humilhado profissionais de carreira competentes e altamente qualificados e a Segurança Nacional, tal qual os demais problemas brasileiros, tem sido tratada como um teatro.


As crises vêm se sucedendo numa escala cada vez mais perigosa e o governo entende que pode administrá-las com discursos e políticas baratas e inconseqüentes como tem feito na área social, na segurança pública, na saúde na aviação civil e demais áreas.


Reaparelhar Forças Armadas não como é criar um PAC ou distribuir bolsa família.


É preciso desenvolver uma estratégia de defesa para então implantar um programa de reaparelhamento que não se resume a comprar meia dúzia de aeronaves e encomendar navios e tanques.


O reaparelhamento visando uma estratégia de defesa é um projeto de Estado que transcende governos.


Nesse projeto há que se avaliar até a necessidade do país desenvolver uma indústria bélica nacional para não ficar refém de empresas estrangeiras que, dependendo das circunstâncias ou conveniências, podem cobrar caro ou mesmo sonegar equipamentos, material e peças de reposição.


O submarino nuclear já deveira estar em operação, pois é uma das poucas armas de alta eficiência numa costa tão vasta. Sua autonomia permite que navegue submerso por longos períodos o que torna sua posição incerta. Assim, com poucos submarinos é possível cobrir grandes áreas principalmente pelo fato do inimigo não conhecer a posição dos mesmos.


Porém seu projeto tem sido deliberadamente sabotado com contingenciamentos de verbas o que tem obrigado a Marinha do Brasil a refazer o cronograma periodicamente.


Convém reavaliar também a questão do desenvolvimento de armas nucleares defensivas. Esse item em particular, apesar de ser extremamente controvertido é de fundamental interesse estratégico.


Com a nossa dimensão continental, a única arma de dissuasão capaz de evitar eventuais intervenções estrangeiras, principalmente de forças mais fortes que as nossas forças de defesa, é um artefato bélico nuclear. O artefato nuclear torna a concentração de forças para uma eventual invasão uma empreitada de alto risco. Além disso, se necessário nega o uso do território ao inimigo. Com armamento convencional não há como obter esse poder de interdição a um custo aceitável.


Aqui vale lembrar que exemplos não faltam. A invasão do Iraque demandou uma concentração de 140.000 homens e toneladas de equipamentos. Só foi viável pela certeza da inexistência de um artefato bélico nuclear. Já a Coréia e o Iran, continuam apenas a ser ameaçados. O fato de existir a simples suspeita da disponibilidade de artefatos bélicos nucleares, torna a aventura arriscada.


Há décadas o país está entregue a grupos revanchistas que, com visão tacanha e míope, têm conduzido uma vingança pessoal, castigando às Forças Armadas como se as instituições fossem responsáveis por excessos cometidos por alguns de seus representantes, num passado que já deveria ter se transformado em história do Brasil. Até porque, houve uma anistia ampla, geral e irrestrita que permitiu a ascensão de ex-terroristas e ex-criminos ao poder.


O reaparelhamento das Forças Armadas tem sido tratado como prioridade secundária e de forma simplória.


Na verdade o assunto só vem à baila em crises, quando presidente, ministro da Defesa e outros palpiteiros ligados ao governo discursam e prometem comprar aviões, tanques e submarinos.


Mas nem isso acontece. Logo as promessas são esquecidas e a cada ano mais equipamento é descomissionado, sucateado ou abandonado nas OMs por falta de manutenção ou utilidade.


Aqui vale lembrar a situação em que o Brasil se encontrava quando a Segunda Guerra eclodiu. Nossas Forças Armadas estavam tão desequipadas que o poder de defesa era praticamente nulo.


Quando o Brasil se alinhou com as forças Aliadas à costa brasileira estava completamente desguarnecida e alguns poucos submarinos das forças do Eixo passeavam livremente de norte a sul escolhendo e torpedeando navios brasileiros sem que houvesse a mínima possibilidade de defesa ou reação.


A negligência nos custou 34 navios mercantes, 1081 mortos e toda carga que os navios transportavam.


Em terra a situação não era muito melhor. O chamado Saliente Nordestino era ponto estratégico para garantir a travessia do Atlântico e existia a ameaça de uma invasão de forças do Eixo. O Brasil sequer tinha uma unidade blindada para organizar uma defesa.


A própria Força Aérea Brasileira só foi criada em 1941. Antes existia uma aviação naval e outra do exército.


Não fosse a necessidade estratégica dos Estados Unidos de construir uma base em Natal, talvez tivéssemos sido abandonados à própria sorte e não haveria a menor chance do Brasil se opor às forças do Eixo.


Depois, em 1963 tivemos também o incidente diplomático que ficou conhecido como Guerra da Lagosta. Não chegou ao conflito pelo fato do Brasil ter deslocado uma Força Tarefa Naval para a área e sinalizado com a firme intenção de não ceder. Esse incidente é o exemplo típico da importância de uma força dissuasória na solução de crises decorrentes de interesses comerciais.


Esse breve histórico serve apenas para lembrar que já fomos pegos desprevenidos mais de uma vez.


Agora estão em jogo grandes interesses e recursos que serão cada vez mais preciosos e cobiçados num planeta superpopuloso onde escassez e crise serão palavras de ordem.


Se não existirem uma estratégia de defesa e Forças Armadas equipadas e preparadas, corremos sério risco de novamente sermos surpreendidos. Isso para não mencionar a questão de vizinhos politicamente instáveis que vêm se armando, aventureiros, FARCs e problemas de fronteira.


Trata-se da Segurança Nacional.


Atualmente existem no planeta aproximadamente 6,6 bilhões de habitantes. (Referência julho de 2007). Com essa população o planeta já esboça um quadro de escassez em diversas áreas.


A água potável, por exemplo, já não é suficiente para suprir a população mundial em quantidade adequada dentro de padrões de qualidade aceitáveis.


O petróleo talvez possa suprir a humanidade por mais 40 anos e o gás por 60.


Alimentos tendem a ser cada vez mais escassos, pois já não existem áreas agricultáveis disponíveis para ampliar a produção na escala requerida. Para expandir a agricultura seria necessário derrubar matas o que tem implicações não desejadas no meio ambiente.


Energia também é um dos gargalos da humanidade, pois a matriz energética global está mal equilibrada, tendo os hidrocarbonetos um peso de aproximadamente 70%.


Esse quadro só tende a se agravar, pois pelas estimativas mais otimistas a população mundial só estabilizará por volta de 2050 quando o planeta terá de 8,5 a 11,0 bilhões de habitantes, dependo das taxas de fertilidade de cada país.


Diante dessa realidade, o governo Lula e seus ministros continuam agindo como crianças irresponsáveis.


A criação da 4ª Frota Americana obviamente não tem a missão de levar ajuda humanitária e lançar pétalas de rosas sobre o continente Sul-Americano.


Seus reais objetivos e seu poder ofensivo ainda não são completamente conhecidos. Segundo o Comando da 4ª Frota, já há duas belonaves designadas para integrar a 4ª Frota, ambas da Classe Wasp - Navios de Assalto Anfíbio.


São elas:




  • USS Kearsarge (LHD-3), comissionado em 1993: deslocamento 40.500 t


  • USS Boxer (LDH-4), comissionado em 1995: deslocamento 40.722 t

Além desses navios, outros do Comando do Sul integrarão a 4ª Frota. É provável que venha um porta-aviões da Classe Nimitz com deslocamento de aproximadamente 89.000 t.


A Marinha dos EUA atualmente tem 10 em serviço e as demais frotas têm pelo um. Como um porta aviões necessita de proteção, é provável que venham também fragatas, destroiers, cruzadores e submarinos. A maioria desses navios têm de 10 a 20 anos de serviço e está equipada com armamento moderno.


Segundo declaração do almirante Gary Roughead, chefe de Operações Navais da Marinha dos EUA, a 4ª Frota terá 22 belonves. (Para saber mais sobre os navios da Marinha dos EUA e seu armamento consulte-se: http://www.navy.mil/navydata/our_ships.asp)


A Esquadra Brasileira atualmente é composta por embarcações mais antigas e em número insuficiente para patrulhar águas brasileiras. Para que se tenha uma noção da ordem de grandeza segue a lista dos navios operacionais.




  • Navio-Aeródromo A12 - São Paulo: deslocamento 30.884 t


  • Contratorpedeiro D27 - Pará: deslocamento 3.320 t


  • Seis Fragatas Classe Niterói F41, F42, F43, F44, F45, F46: deslocamento 3.355 t


  • Três Fragatas Classe Greenhalgh F46, F48, F49: deslocamento aprox. 4.400 t


  • Quatro Corvetas Classe Inhaúma V30, V31, V32, V33: deslocamento 2.000 t


  • Quatro submarinos Classe Tupi S30, S31, S32, S33 : Deslocamento 1.444 t


  • Tonelagem total: aproximadamente 80.000 t.

O Contratorpedeiro está obsoleto. Foi fabricado nos EUA e incorporado à Marinha dos EUA em 1968. Deu baixa em 1988 e foi incorporado à Marinha do Brasil em 1989.


As Corvetas foram concebidas como escoltas para navegação de cabotagem. Apesar de portarem armamento e equipamentos para guerra anti-submarino e apoio à operações anfíbias, esse não é seu emprego ideal.


Na prática a esquadra de alto mar brasileira está reduzida a 12 ou 15 embarcações em condições de operar.


Além dessas embarcações há quatro navios de desembarque.


O restante das embarcações são de pequeno porte destinadas a operações de varredura de minas, patrulha fluvial e apoio. Seu poder é insignificante em termos de defesa.


(Para saber mais sobre os navios da Marinha do Brasil e seu armamento consulte-se: https://www.mar.mil.br/menu_h/navios/menu_navios_mb.htm)


De tudo isso se conclui que a esquadra brasileira é mais antiga e obsoleta que a 4ª Frota e que também é insignificante seu poder.


Não se imagina atualmente que os EUA venham a fazer por aqui o que fizeram no Iraque ou no Afeganistão. Contudo, é importante olhar para o passado e para o futuro. Num passado não muito longínquo Saddam Hussein foi um importante aliado dos EUA no Oriente. Em pouco tempo os interesses mudaram e ele passou a integrar o eixo do mal.


Olhando para o futuro é fácil perceber a importância de um país como o Brasil nun cenário de escassez.


A reativação da 4ª Frota significa que os EUA já identificaram algum interesse na região. Sua presença trará atividade de inteligência e certamente encobre pesquisa e outros interesses conflitantes com os nossos.


Hoje já deveríamos ter força dissuasória para de forma muito amistosa e cordial mostrar a amigos, aliados e aventureiros, os limites por nós tolerados. Não temos muito além de discursos, fanfarronices e uma diplomacia subserviente.


Estamos, portanto, atrasados em relação às necessidades e a reativação da 4ª Frota deveria nos tirar dessa inércia tão nefasta de governar para vencer as próximas eleições.


Se não existir um planejamento hoje, não teremos no futuro Forças Armadas compatíveis com os interesses a defender.


Infelizmente ainda somos uma civilização primitiva onde o mais forte se impõe ao mais fraco pela força bruta. A única forma de evitar conflitos é mostrar que o custo de uma agressão ou aventura pode ser elevado e que os objetivos cobiçados não valem os prejuízos.
É SÓ PROCURAR NO GOOGLE PROFECIA DE VILLAS BOAS FONTE: GOOGLE

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