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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Porto do Açu será ampliado:

A LLX, braço logístico do Grupo EBX, assinou contrato com a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) e o governo do estado para compra de parte dos imóveis do Distrito Industrial de São João da Barra, que será instalado ao lado do Porto. A companhia possui agora 7 mil h de 9 mil h destinados para a implantação do projeto.
A Codin contratará agora avaliações independentes para apurar o valor que será pega pela LLX pelos imóveis. "A aquisição desses direitos é mais uma etapa que superamos na consolidação de um dos maiores e mais competitivos complexos industriais e portuários do mundo e permitirá que a CODIN e o estado do Rio de Janeiro prossigam com o desenvolvimento industrial do Norte fluminense”, comentou o diretor presidente da LLX, Otavio Lazcano.
O Porto do Açu pode abrigar o projeto do maior estaleiro do país. A OSX – braço naval do Grupo EBX – iniciou recentemente processo de licenciamento ambiental do projeto por conta das dificuldades para licenciar o projeto em Santa Catarina. A locação exata do estaleiro será definida pela empresa até o final do ano.
A planta será responsável por atender à demanda por plataformas de produção da OGX, petroleira do grupo, que pretende instalar 48 unidades de produção até 2019, com extração de 1,4 milhões de b/d. O estaleiro tem investimento previsto de US$ 1,7 bilhão e possuirá capacidade de processar 180 mil t/ano de aço no estágio inicial, com capacidade de expansão para até 460 mil t/ano de aço.
Os operários trabalham para finalizar o que podemos chamar de "menina dos olhos" do projeto: um píer de atracamento de navios com uma extensão de 2,9 km. Para se ter uma ideia básica do comprimento, é como se colocássemos quase uma Terceira Ponte completa - que possui 3,3 km - saindo em linha reta das areias da Praia de Camburi até alto mar. É esta concepção de engenharia, viabilizando uma profundidade de 25 metros, que vai possibilitar que o Superporto de Açu receba o navio Chinamax, considerado o maior do mundo.
A construção do empreendimento no litoral fluminense é baseada no conceito de porto-indústria, reunindo siderúrgica, usina termoelétrica, de pelotização de minério e unidade de tratamento de petróleo, o que difere do projeto do Superporto capixaba, voltado exclusivamente para a movimentação de contêineres.
Apesar de haver memorandos de entendimento em negociação com empresas capixabas do ramo de rochas ornamentais para movimentar cargas no porto - a LLX, empresa de logística do Grupo EBX não soube precisar quantas e quais seriam essas empresas - o terminal portuário não é visto como inimigo do Espírito Santo, exatamente pela natureza distinta dos negócios.
Ameaça pode virar oportunidade para o Estado
Segundo o secretário de Transportes e Obras Públicas, Neivaldo Bragatto, que integrou a comitiva capixaba, nessa fase inicial é preciso olhar para o Porto do Açu como um incentivo e uma oportunidade. "O que serve para gente de experiência nessa visita é que, se ele (Eike) consegue trazer a ferrovia até o Porto do Açu, nós com a ferrovia já em Ubu estaremos a cerca de 70 km dessa ferrovia, que é uma nova forma do Espírito Santo se ligar com o Brasil. Hoje nossa ligação ferroviária é feita pela Vale. É super moderna e atual, mas já está super lotada. Nem que a Vale queira alugar a ferrovia ela não tem espaço porque está toda comprometida com a exportação de minério", disse.
Bragatto salientou que o Porto do Açu não é voltado para o objetivo do nosso superporto, exclusivo para a carga de contêineres. "Pelo menos é a ideia que nós temos discutido muito não é a ideia do porto-indústria. A ideia que tem levado a ampliação e dragagem do Porto de Vitória é que a gente possa atrair mais carga em contêineres, que há uma disputa nacional e internacional de como transportar esse tipo de carga. Não é o caso do Porto do Açu, a princípio".
O secretário fez um alerta de que é precido tomar uma decisão e ver uma forma de investimento o mais rápido possível para construir um porto maior para receber os navios de grande calado no Espírito Santo.
Sustentável
O diretor de Infraestrutura e Operações da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Hugo Amboss Merçon, exaltou a qualidade da engenharia do Porto de Açu que desenvolve um projeto bem elaborado sob o ponto de vista sustentável. Para Merçon, a visita ao complexo portuário foi importante para fomentar uma discussão junto à comunidade sobre a implantação de um empreendimento desse porte.
Ele destacou um aspecto positivo e outro negativo. "Um ponto positivo é o desenvolvimento de toda uma interlândia do porto voltada para cidades pequenas e que vão prosperar possibilitando uma série de geração de empregos e renda para uma comunidade, e isso para o país é muito positivo. Do ponto de vista negativo, todo empreendimento causa algum tipo de impacto, o importante é que se tenham medidas compensatórias para administrar esses impactos que naturalmente acontecem".
Cerca de 2,5 mil operários trabalham atualmente nas obras do Superporto de Açu. 40% dos trabalhadores são dos municípios de Campos e São João da Barra. A LLX oferece cursos de capacitação de mão-de-obra local e dá preferência para contratação de moradores de São João da Barra.
Fonte: GAZETA ONLINE - Arturo em 20/10/2010
O que eu projeto para daqui a 10, 12 anos, é que um município hoje com cerca de 30 mil habitantes, venha ter uma população de 400 a 500 mil habitantes, se tornando 90% operários, com isso Campos dos Goytacazes que hoje tem uma população de aproximadamente 450 mil habitantes, e que fica a 35 km de São João da Barra, teria nesse mesmo tempo 1 milhão de habitantes e se tornaria uma cidade dormitório.

Arturo C. Gonzalez

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